Agenda Territorial

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Plano de Dilma para erradicar pobreza põe em xeque modelo de reforma agrária

Novo governo constata, a partir de levantamento do Incra, que situação na maioria dos assentamentos é precária e que melhor caminho é investir em estruturas já existentes

20 de janeiro de 2011

Roldão Arruda - O Estado de S.Paulo

Paulo Pinto/AE-30/10/2009

Paulo Pinto/AE-30/10/2009

Estrela das mais brilhantes no início do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, o Ministério do Desenvolvimento Agrário adentra o governo de Dilma Rousseff em meio a uma polêmica envolvendo seu papel no programa de erradicação da miséria - que está sendo desenhado pelo Ministério do Desenvolvimento Social.

Sem acesso. Segundo o Incra, 58% dos assentamentos têm péssimas estradas, o que dificulta o escoamento

A polêmica teve início dias atrás, quando, ao ser convocado para apresentar sugestões para o programa, técnicos do Desenvolvimento Agrário apresentaram uma série de números que, em vez de esclarecer, provocaram dúvidas sobre o futuro da reforma agrária no governo Dilma.

Os dados, coletados no final do ano passado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) revelam que 38% do total de 924 mil famílias já instaladas em assentamentos da reforma agrária no Brasil não conseguem obter com seu trabalho sequer um salário mínimo por mês.

Os números também apontam que a pobreza se concentra de maneira dramática nas regiões Norte e Nordeste: do total de 38% de famílias em condições de pobreza nos assentamentos, 95% se encontram nessas duas regiões.

O contraste pode ser melhor demonstrado na comparação entre dois Estados. Enquanto no Ceará 47% dos assentados alcançam no máximo um salário mínimo mensal e 27% não atingem sequer a meio salário, em Santa Catarina 73% dos beneficiados pela reforma têm renda superior a dois salários e 29% ultrapassam cinco salários.

A dúvida instalada no governo é se, diante desses números, vale a pena continuar com a política de investir em novos assentamentos, como reivindicam os movimentos de sem-terra e defendem especialistas do Desenvolvimento Agrário. O que se ouve cada vez mais no Ministério do Desenvolvimento Social é que se deveria seguir outro caminho, investindo mais na melhoria do que já existe.

Inclusão. Por esse viés, os beneficiários da reforma agrária, assim como os atendidos pelo Bolsa Família, já tiveram um empurrão inicial para sair da miséria, com a concessão da terra, o crédito inicial para a produção agrícola e a construção da moradia. Precisam agora de ferramentas para andar com as próprias pernas, dentro do conceito de inclusão produtiva, repetido de maneira cada vez mais insistente entre os articuladores do programa de erradicação da miséria.

A equação não é simples - tanto pelas dimensões do problema quanto pelas suas nuances. Embora os movimentos de sem-terra critiquem a lentidão nos processos que envolvem a reforma, o Brasil tem um total de 8.763 assentamentos, que ocupam uma área de 76 milhões de hectares. Nesse território, equivalente a 9% do nacional, vivem 3,7 milhões de brasileiros, população maior que a do Amazonas, em torno de 3,5 milhões.

Dificuldades. De maneira geral, a situação dos assentamentos não é boa. Segundo o Incra, 58% deles têm péssimas estradas de acesso, o que dificulta o escoamento de qualquer tipo de produção agrícola, e 56% não contam com redes de energia elétrica. Em termos de escolaridade também não há nada para se comemorar: apenas 5% dos agricultores assentados tem ensino médio completo.

Além das dificuldades gerais, os especialistas têm que considerar as características específicas de cada região do País. Nos Estados do Nordeste, que concentram 46% dos assentamentos, o maior problema é a falta de água. Nas áreas do semiárido, a maioria deles não dispõe sequer de conhecimentos e recursos para captar, armazenar e manejar a água dos períodos de chuva.

Na região Norte, para onde foram levadas mais de 400 mil famílias (43% do total), especialmente nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), os maiores problemas são de acesso aos mercados consumidores. Em outras regiões, as famílias necessitam de mais crédito para a produção agrícola e ainda têm dificuldades para acessá-lo.

O que se viu, nas primeiras rodadas de debate no interior do governo, é que, apesar da ênfase que se costuma dar à importância dos assentamentos para a produção de alimentos e, consequentemente, para o combate à miséria e à fome, muitos deles ainda fazem parte do problema - e não da solução.

Surpreendentemente, durante uma reunião realizada dias atrás, técnicos do Incra sugeriram que o principal foco de atuação da entidade no novo governo seja prioritariamente a renda de produção e a escolarização. Isso significaria, entre outras coisas, melhorar a infraestrutura produtiva, fomentar a produção e apoiar a comercialização.

Fonte: O Estado de São Paulo

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Instituto de Desenvolvimento Rural–IDERMA, realiza processo seletivo para contratação de assessoria técnica para atuação no Território Rural da Baixada Ocidental Maranhense.

 

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TERMO DE REFERÊNCIA – COTAÇÃO PRÉVIA 003/2010

TIPO: MELHOR TÉCNICA

Seleção de “Assessores” Para Atuarem como Técnicos Facilitadores de Atividades de Desenvolvimento Territorial.

I – DO OBJETO

O presente termo de referencia tem por objeto a contratação de Serviços de Assessoria qualificada para atuar como técnico facilitador de atividades que visam o cumprimento de meta do convênio n° 737619/2010 – Contrato de Repasse nº 0328667-92/2010/MDA/CAIXA, cujo objeto é apoiar o CODETER do Território Rural da Baixada Ocidental Maranhense com vistas a otimizar as atividades de construção do desenvolvimento sustentável do Estado do Maranhão, através de atividades de formação, capacitação, estudos e planejamento da ação política da territorialidade focada na integração de políticas públicas do meio rural.

II – JUSTIFICATIVA DA CONTRATAÇAO

I – DO OBJETO

A presente contratação visa cumprir metas do referido convênio, conforme consta no Projeto Básico e Plano de Trabalho que acompanham o termo de convênio n° 737619/2010 – Contrato de Repasse nº 0328667-92/2010/MDA/CAIXA, celebrado entre a União Federal por intermédio do Ministério do Desenvolvimento Agrário representado pela Caixa Econômica Federal e Instituto de Desenvolvimento Rural do Maranhão.

A presente cotação é regida pela Portaria Interministerial nº. 127, de 29 de maio de 2008, pela Lei nº. 8.666/93 e suas posteriores alterações e pelas condições estabelecidas neste documento.

III – ESPECIFICAÇOES DO SERVIÇO

Será formado um banco de currículos e os selecionados serão devidamente informados, a equipe de coordenação, vai acertar com cada selecionado a data e a metodologia do evento. Os assessores realização trabalhos por atividade podendo ser contratado para a realização de assessoria na jornada de 8h a 16 horas por evento, de acordo com a metodologia implementada pela coordenação.

IV – PERFIL DESEJADO

As condições mínimas a serem apresentadas pelo assessores(as) serão as seguintes:

a) Preferencialmente formação de nível superior em ciências humanas, agrárias ou afins, com no mínimo 02 (dois) anos de experiência em trabalhos/ações comprovadas ao desenvolvimento rural sustentável com o foco na atuação da territorialidade;

b) Compreensão da importância das relações de gênero, geração, raça e etnia para o desenvolvimento humano sustentável;

c) Não ter vínculos empregatícios, no serviço público ou privado, bem como cargos públicos eletivos;

d) Conhecimento básico em informática e uso de internet;

e) Habilidade em animação, comunicação, expressão oral, relacionamento interpessoal, diálogo, capacidade de articulação e de mobilização social;

f) Habilidade analítica na formulação de textos com capacidade de síntese e de sistematização dos processos de discussão, igualmente na elaboração de relatórios de atividades;

g) Disponibilidade para trabalhar no Território e assumir a função imediatamente após a seleção;

h) Residência na área de abrangência da assessoria ou disponibilidade para residir após a contratação.

V – PRODUTOS EXIGIDOS

1) O assessor deverá entregar a proposta de metodologia do evento a que ele for selecionado para assessorar;

2) Realizar a assessoria dentro das horas contratadas;

3) Entregar um relatório resultado da assessoria prestada.

VI – PRAZO

As atividades vão ocorrer de janeiro a agosto de 2011, a equipe de coordenação vai programar as assessorias com os selecionados em um prazo mínimo de dois meses antes da atividade.

Essa vigência poderá ser prorrogada, mediante as providências da Coordenação no que se refere à aprovação do pedido de prorrogação de oficio e/ou aditivo de prazo para a continuação das atividades, o que se verificará por prorrogação da Vigência do convênio n° 737619/2010 – Contrato de Repasse nº 0328667-92/2010/MDA/CAIXA.

VII – FORMA DE PAGAMENTO

V – PRAZO

O pagamento ou remuneração pelo serviço prestado será efetuado em moeda corrente, através de cheque nominal, transferência eletrônica ou qualquer outro meio no qual seja possível identificar o beneficiário, mediante a prestação do serviço acompanhando da relação de pagamento de autônomo (RPA), sobre a remuneração acima indicada incidirão todos os descontos legais, tais como INSS, imposto de renda e outros.

VIII – RECURSOS FINANCEIROS

Os recursos para custear as despesas descritas neste Termo correrão a conta do convênio n° 737619/2010 – Contrato de Repasse nº 0328667-92/2010/MDA/CAIXA, no valor total de R$ 12.000,00 (doze mil reais) para 12 meses de atividades conforme o PAT/2010.

As metas com as suas etapas de execução destinam:

♂ o valor de R$60,00 por hora trabalhada;

♂ serão 200 horas para o total das atividades previstas.

- o presente projeto conta ainda com recursos para custeio de despesas de hospedagem e alimentação e também para deslocamento.

IX – DO ENVIO DA PROPOSTA

Os currículos devem ser enviados para o e-mail idermarural@yahoo.com.br até às 20:00 horas do dia 20 de janeiro de 2011.

Se preferir os candidatos pode enviar os seus currículos para o endereço de correspondência oficial:

Instituto de Desenvolvimento Rural do Maranhão – IDERMA

Rua 08, Quadra 09, Casa 22, Res. Centauros – Planalto Anil IV. São Luis – MA – Cep: 65053-155

Divulgação dos resultados: 22 de janeiro de 2011

X – DA CONTRATAÇÃO

A contratação deverá ser feita através de analise curricular e/ou de ser renomado conhecedor dos temas propostos e relacionados com território da cidadania, em atenção especial ao desenvolvimento territorial rural. Os currículos deverão ser enviados até o dia 20/01/2011, no e-mail: idermarural@yahoo.com.br, e/ou para o endereço acima qualificado:

Contato para esclarecimentos: (98) 3244-7427 / 8132-4559

São Luis – Maranhão, 05 de janeiro de 2011

Raimundo José Buna Ribeiro

Presidente

Escritório CODETER TR BOM - Pinheiro-MA


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